MEMBROS: 1015

O Poder e o Ministério da Oração

O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Helena Araújo

TEXTO ÁUREO
"Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar" (1 Ts 5.16,17).

VERDADE PRÁTICA
A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança.

INTERAÇÃO
Caro professor, o livro de Atos registra as ações inspiradas de um grupo especial de crentes. Nele estão incluídos os atos da
Igreja, levantada no Pentecostes, por meio do Espírito Santo. As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos
sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento do Espírito. Em diferentes épocas da Igreja surge a
necessidade do estabelecimento de movimentos profundamente espirituais. Foi assim na Igreja Primitiva, na igreja medieval, e
é assim na igreja contemporânea. Precisamos olhar para o passado a fim de corrigir o presente e aperfeiçoar o futuro.

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OBJETIVOS

Conhecer a respeito da oração no início da igreja cristã.
Compreender os princípios da oração congregacional.
Conscientizar se de que uma vida de oração resulta em ação onde vivemos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, na lição de hoje analisaremos a oração num período histórico da Igreja. O objetivo é fazer uma exposição, ainda que
resumida, entre os períodos históricos da Igreja (Antigo, Medieval e Moderno). Reproduza o subsídio histórico eclesiológico,
presente na seção Auxílio Bibliográfico II, e distribua cópias para os alunos. A partir do exemplo de Charles G. Finney,
explique que ao longo da história da igreja cristã houve momentos em que surgiram movimentos de despertamento para mudar as
suas ações. O exemplo da comunidade cristã primitiva influenciou Charles Finney a não se conformar com a mornidão espiritual da
vida eclesiástica. Ele influenciou profundamente a sociedade de seu tempo a partir da sua vida de oração. Mostre aos alunos que os
exemplos do passado forjam a esperança para o futuro. Boa Aula!


COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Novo Testamento: Nome dado à segunda pane da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhas oculares
de Cristo ou pelos seus contemporâneos através de inspiração divina.
Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento de Deus com o
homem. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação de
Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo
Espírito.

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
1. Jesus volta ao céu. Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu
as últimas orientações e ordenou-lhes que "não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse
ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois
destes dias" (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle
de qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do revestimento de poder do alto (Lc 24.49).
2. A primeira reunião de oração. Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo m oração (At 1.13,14).
Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até
que do alto todos foram revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as bênçãos de Deus, assim como a
oração, são para todos. O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a conversão de
várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
3. Oração ante a perseguição. Os discípulos diariamente se reuniam no Templo, e muitas pessoas criam em Cristo a cada
dia. Não demorou para que a perseguição surgisse. Pedro e João foram presos, e as autoridades determinaram que não mais
pregassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Porém, os cristãos não se abateram, "unânimes levantaram a voz a Deus" (At
4.24). Por conseguinte, "todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. [...] E os apóstolos
davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça" (At 4.31,33).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.

II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
1. O crescimento da obra de Deus. É imprescindível que o crente ore neste sentido. O próprio Jesus incentivou seus
discípulos a ver a dimensão do trabalho a ser feito e a orar pela propagação do evangelho (Lc 10.2). Quando Jesus convocou seus
discípulos, os chamou para "pescar" (Mt 4.19; Mc 1.17). O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes palavras do
Mestre: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.
Amém!" (Mt 28.19,20).
2. Outras necessidades. A oração em favor da igreja local e universal não pode permanecer focada exclusivamente no seu
crescimento quantitativo, pois existem outras necessidades pelas quais precisamos interceder, por exemplo: orar pelos enfermos,
desempregados, pelos que estão presos, etc. Muitas são as necessidades da igreja, e todas elas devem ser apresentadas a Deus por
intermédio da oração.
3. A oração dos líderes. A Igreja do Senhor, por meio de seus dirigentes, sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente
confortado e confiante, tendo a certeza das orações intercessórias de seus dirigentes, inclusive nas reuniões congregacionais,
dedicadas à oração. Paulo recomendou ao pastor Timóteo: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações,
intercessões e ações de graças por todos os homens" (1 Tm 2.1).
No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); os Doze (At
6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a
dedicação integral à vida de oração de seus líderes.

III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
1. As revelações do Senhor. Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Isso com certeza
se deve ao fato de que ele orava. Seu amor, dedicação e zelo pela obra de Deus são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento
desse incansável homem de Deus pela evangelização resultou no acelerado crescimento da Igreja Primitiva. Paulo é um exemplo de
como Deus pode transformar o caráter daquele que se entrega a Ele sem reservas (Cl 1.14; Fp 3.4-7).
2. O zelo de Paulo pela ordem na igreja. Paulo deixara Tito na igreja em Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor, expondo
a urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não
haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de Cristo: "Irrepreensível, marido de uma
mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível como
despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a
doutrina" (Tt 1.5-9).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
3. Paulo e a oração. Paulo era um líder que estava em contínua e constante oração, dia e noite (1 Ts 3.10). Ele exortou os
crentes de Tessalônica a "orar sem cessar" (1 Ts 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em oração: Ele orou com as irmãs (At
16.13); com os anciãos (At 20.36) e com um grupo de discípulos em Tiro (At 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo foi um grande
intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava
as orações: "Ajudando-nos também vós, com orações, por nós..." (2 Co 1.11); "Orando também juntamente por nós..." (Cl 4.3).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu
um piedoso zelo pela ordem na igreja.

CONCLUSÃO
A igreja nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e disposição para o trabalho, bem como
forças para não sucumbir diante das dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e perseguições. As
circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a
Deus em oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.

VOCABULÁRIO
Dimensão: extensão mensurável que determina a porção de espaço ocupada por um corpo; tamanho, proporção.
Imprescindível: que não pode prescindir; indispensável.

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